Wednesday, September 12, 2007


Pego em seu pé -é so um pé Pego em sua mão - é so uma mão Pego em seus cabelos - são so cabelos Aqui tudo é aquilo que é Onde mora o amor?


vem de dentro
e passa
pra fora como cheiro,
assa
do recheio
até a casca,
vem do meio
e ao que virá ou veio
se propaga,
flash
explodindo a hora
que o encapa
como a boca que o chiclete
masca
e fora
a bola que o chiclete
masca
e fora
a bola cresce, estoura
como o leite
vem o seio
cheio
ao filho
fora
como o feto fôra
dentro
como agora
esse momento
bolha
fecha os olhos de dentro-
acorda, esquecimento

Thursday, September 06, 2007

=]


=], upload feito originalmente por piuuu♥.

o amor ele existe?






sim

Friday, July 13, 2007

Segredo secreto.


A poesia é incomunicável
Fique torto no seu canto.
Não ame

Ouço dizer que há tiroteio
ao alcance do nosso corpo.
É a revolução? o amor?
Não diga nada.
Tudo é possível, só eu impossível.
O mar transborda de peixes.
Há homens que andam no mar
como se andassem na rua.
Não conte.

Suponha que um anjo de fogo
varresse a face da Terra
e os homens sacrificados
pedissem perdão.
Não peça.

Thursday, May 17, 2007

Diálogo.


A- você é meu companheiro.
B- hein?
A- você é meu companheiro, eu disse.
B- o que?
A- eu disse que você é meu companheiro.
B- o que é que você quer dizer com isso?
A- eu quero dizer que você é meu companheiro. Só isso.
B- tem alguma coisa atras, eu sinto.
A- não! não tem nada. Deixa de ser paranoico.
B- não é disso que estou falndo.
A- você esta falando do que, então?
B- eu estou falndo disso que você falou agora.
A- ahh, sei. Que eu sou teu companheiro.
B- não, não foi assim: que eu sou teu companheiro.
A- você tambem sente?
B- o que?
A- que você é meu companheiro.
B- não me confunda. Tem alguma coisa atras, eu sei.
A- atras do companheiro?
B- é.
A- não.
B- você não sente?
A- que você é meu companheiro? sinto, sim. Claro que eu sinto. Você não?
B- não! não é isso. Não é assim.
A- você não quer ue seja isso assim?
B- não é que eu não queira: é que não é.
A- não me confunda. Por favor, não me confunda. No começo era claro.
B- agora não?
A- agora sim. Você quer?
B- o que?
A- ser meu companheiro?
B- ser teu companheiro?
A- é.
B- companheiro?
A- sim.
B- eu não sei. Por favor, nao me confunda. No começo era claro. Tem alguma coisa atras, você não vê?
A- eu vejo. Eu quero.
B- o que?
A- que você seja meu companheiro.
B- hein?
A- eu quero que você seja meu companheiro, eu disse.
B- o que?
A- eu disse que quero que você seja meu companheiro.
B- você disse?
A- eu disse?
B- não. Nao foi assim: eu disse.
A- o que?
B- você é meu companheiro.
A- hein?



ad infinitum.

Os Sobreviventes.


Mas eu quero dizer, e ela me corta mansa, claro que vc n tem culpa, coração, caímos exatamente na mesma ratoeira, a única diferença é que você pensa que pode escapar, e eue quero chafurda na dor deste ferro enfiado fundo na minha garganta seca, me passa o cigarro, não estou desesperada, não mais do que sempre estive, não estou bebada nem louca, estou é lucida pra caralho e sei claramente que não tenho nenhuma saida, não se preocupe, depois que você sair tomo banhofrio, leite quente com mel de eucalipto e gin-seng, depois deito, depois durmo, depois acordo e passo uma semana a ban-chá e arroz integral, absolutamente santa, absolutamente oura, absolutamente limpa, depois tomo outro porre, cheiro cino gramas, bato o carro numa esquina ou ligo para o CVV ás quatro da madrugada e alugo a cabeça dum panaca qualquer choramingando coisas do tipo - preciso-tanto-de-uma-razão-para-viver-e-sei-que-essa-razão-só-esta-dentro-de-mim-blablabla-blablabla,
ate o sol pintar atras daqueles edificios, não cou tomar nenhuma medida drástica, a não ser continuar, tem coisa mais destrutiva que insistir sem fé nenhuma? Passa devagar a tua mão na mminha cabeça, no meu coração, eu tive tanto amor um dia, pára e pede, preciso tanto, tantonão me permitiram, então estendo os dedos e ela fica subtamente pequenina apertada contra o peito, perguntando se esta mesmo muito feia e meio puta e muito velha e completamente bebada, eu não tinha essas marcas em volta dos olhos, eu não tinha esses vincos em torno da boca, eu não tinha esse jeito de satapão cansado, e eu repito que não, que esta linda assim, desgrenhada e viva, ela pede que eu coloque uma música e escolho o Noturno numero dois em mi bemol de Chopin, quero deixa-la assim, dormindo no escuro, sobre este sofa, ao lado das papoulas quase murchas, embalada pelo piano remoto como uma canção de ninar.

Tua.


*Faça-me, de tua face, a parte oculta.
Faça-me, de ti, o nada existido.
Faça-me lembranças, meu bem, de um passado percorrido.
Sem marcas ou cicatrizes,
faça-me louca!
Faça-me culpa!
Que faço-me muda.
Que faço-me rude.
Que faço-me surda.
Que faço-me boba.
Vamos, juntas, brincar de moldar essa realidade
ou qualquer outra que te agrade.
Diga-me o que desejas, querido, e te representarei as suas verdades.

Saturday, January 20, 2007

. ULtrapassado .

Segue em fim a vida
Segue sim
Sem cor, sem fascínio
Vasta avenida de extermínio
Deve ser meu triplo aquecedor
Mais um buraco eu me encosto
E ligo pro rebocador
Gente vem, gente vai
Pensa bem
Riso idiota
(pensa bem)





mundolivre






.eu.

Friday, January 19, 2007

. a LUa .


A lua por sua luz incerta...
Tem nos seus braços certos
Um recuo
Um soneto
Uma brisa
A lua apaixonante
A lua apaixonada
Te aguarda
Te aguarda só
Bem ali, na ponta da estrada

Monday, January 15, 2007

. ALice no pais .


é melhor prestar atenção, pois quando se encontra um pote escrito veneno, é quase certo fazer mal à gente cedo ou tarde...